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Câncer: o que é e como é causado

O que é câncer?

A palavra CÂNCER tem um poder enorme de causar medo nas pessoas, não é? E, embora melhorias no tratamento e avanços em cuidados paliativos signifiquem que a doença nem sempre leva a uma morte inevitável e dolorosa, ela ainda merece nossa atenção, principalmente porque um em cada três de nós tem grandes chances de desenvolver algum tipo de câncer durante a vida.

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Em termos gerais, câncer é o nome dado a um conjunto de centenas de doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo até espalhar-se para outras regiões do corpo.

O corpo humano é composto de trilhões de células vivas. Essas células normais do corpo crescem, dividem-se e morrem de forma ordenada. Durante os primeiros anos de vida de uma criança, as células normais se dividem mais rapidamente para permitir que a pessoa se desenvolva. Depois, na fase adulta, a maioria das células se divide apenas para substituir células desgastadas ou células que morrem ou para reparar danos.

Um determinado tipo de câncer se inicia quando as células de algum órgão ou tecido do corpo começam a crescer fora de controle. Esse crescimento é diferente do crescimento celular normal. Em vez de morrer, as células cancerosas continuam crescendo de forma agressiva e incontrolável, formando novas células anômalas. Assim, o acúmulo de células cancerosas acaba por formar os tumores ou neoplasias malignas (Ilustração 1).

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Ilustração 1: Formação dos tumores (neoplasias) malignas.

Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham às de seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida (Ilustração 2).

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Ilustração 2: Diferenças entre tumores benignos e malignos.

As células cancerosas podem ainda invadir outros tecidos, algo que nem as células normais nem os tumores benignos fazem. Isso acontece quando as células cancerosas entram na corrente sanguínea ou nos vasos linfáticos do corpo. Esse processo de disseminação do câncer é denominado de metástase. Porém, se descobertos no início, os tumores malignos podem ser tratados e não gerar metástases, aumentando, e muito, as chances de cura!

Vale lembrar que a medicina está muito adiantada e há diversas opções de tratamentos específicos para cada caso. Neste sentido, deixar a insegurança de lado e realizar exames periódicos e preventivos é fundamental! Afinal, se o câncer for diagnosticado no início, as chances de cura são muito grandes, e muitos de nossos medos e apreensões, podem ser minimizados.

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Contudo, se você já foi diagnosticado com algum tipo de câncer, não se deixe abater! O primeiro passo é procurar um médico especialista na doença – e vale ouvir a opinião de mais de um profissional. Quando encontrar um médico de confiança, não tenha vergonha: pergunte tudo o que quiser saber sobre o câncer, questione sobre os tratamentos, informe-se sobre os seus direitos, procure grupos de ajuda. O bom relacionamento com o médico e o conhecimento da doença ajudarão em todo o processo.

O que causa o câncer?

A complexidade é um dos aspectos mais desafiadores da compreensão sobre o câncer e, consequentemente, do desenvolvimento de terapias. Vários elementos podem causar ou contribuir diretamente para a ocorrência de uma sequência de eventos que levem ao surgimento do câncer. Porém, o caminho final comum dos cânceres é alguma alteração genética, que converte uma célula bem constituída, participante do corpo como um todo, numa outra, degenerada, destrutiva, que não responde mais a comandos de uma comunidade de células.

Como discutido anteriormente, todos os tipos de câncer começam de uma célula em particular que sofre uma mutação. O DNA desta célula muda de forma que ela não pode mais crescer dentro das regras do seu tipo de célula e passa a crescer descontroladamente. As causas que fazem o DNA normal sofrer mutação são as mais variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo, estando ambas inter-relacionadas (Ilustração 3).

Causas externas → relacionam-se ao meio ambiente e aos hábitos ou costumes pessoais. Os fatores de risco ambientais de câncer são denominados cancerígenos ou carcinógenos. Esses fatores atuam alterando a estrutura genética (DNA) das células.

Causas internas → na maioria das vezes são geneticamente pré-determinadas, ou seja, causadas pela transmissão de genes de pais para filhos (fatores hereditários).

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Ilustração 3: Fatores externos e internos que contribuem para o desenvolvimento do câncer.

De todos os casos, 80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais (causas externas). Alguns deles são bem conhecidos: o cigarro pode causar câncer de pulmão, a exposição excessiva ao sol pode causar câncer de pele, e alguns vírus podem causar leucemia. Outros estão em estudo, como alguns componentes dos alimentos que ingerimos, e muitos são ainda completamente desconhecidos. Gorduras, carnes vermelhas, frituras, embutidos, entre outros, se consumidos em grandes quantidades e por muito tempo, podem favorecer o meio que as células cancerígenas precisam para se multiplicar. De qualquer forma, o surgimento do câncer depende da intensidade e duração da exposição das células aos agentes causadores de câncer. Por exemplo: o risco de uma pessoa desenvolver câncer de pulmão é diretamente proporcional ao número de cigarros fumados por dia e ao número de anos que ela vem fumando. Sendo assim, o risco de desenvolver vários tipos de neoplasias pode ser reduzido com mudanças no estilo de vida de uma pessoa, por exemplo, não fumar, limitar o tempo de exposição ao sol, ser fisicamente ativo e manter uma alimentação.

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Quer entender um pouco mais sobre o câncer de forma simples? Veja essa série de seis reportagens exibidas pelo Jornal Nacional de 05/08 à 10/08/2013.

Fontes de consulta

Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE).

Disponível em: http://www.abrale.org.br/pagina/o-que-e-cancer-1. Acesso: 20/06/2015.

HypeScience.

Disponível em: http://hypescience.com/o-que-e-cancer/. Acesso: 20/06/2015.

Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Disponível em: http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=322. Acesso: 20/06/2015.

Instituto ONCOGUIA.

Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/cancer/12/1/. Acesso: 20/06/2015.

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