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Linfoma de Hodgkin

A doença conhecida como Linfoma de Hodgkin é uma forma de câncer que se origina nos linfonodos (gânglios) do sistema linfático (Ilustração 1), quando um linfócito (célula responsável pela defesa do organismo) se transforma em uma célula maligna, capaz de crescer descontroladamente e disseminar-se. Os tumores disseminam-se de um grupo de linfonodos para outro através dos vasos linfáticos.


Ilustração 1. Componentes do sistema linfático humano.


Existem trinta ou mais subtipos de linfomas específicos, mas, para simplificar a classificação muitos oncologistas agrupam os vários subtipos de acordo com a velocidade média de crescimento e progressão do linfoma: muito lentamente (baixo grau) ou muito rapidamente (alto grau ou agressivo).


Não há um método de rastreamento para o Linfoma de Hodgkin. Normalmente, o paciente precisa perceber os primeiros sintomas, como um nódulo persistente e indolor em locais como as axilas, o pescoço e a virilha. A detecção precoce de ínguas está intimamente envolvida com o tipo de manifestação que o paciente tem da doença. Ainda assim, existem nódulos que são internos no pulmão ou no abdômen e podem causar um desconforto constante, como dificuldade para respirar ou náuseas.


Ao todo, são quatro níveis de progressão do Linfoma de Hodgkin (Ilustração 2). No primeiro estágio, apenas uma cadeia linfática acima do diafragma é atingida, surgindo um nódulo em um único lado do pescoço ou em uma das axilas. No segundo estágio, são atingidas duas cadeias, por exemplo, dois lados no pescoço, um nódulo no pescoço e outro na axila. No terceiro estágio, os nódulos atingem também alguma estrutura abaixo do diafragma, por exemplo, a virilha. Geralmente, quando o linfoma atinge o nível quatro, há o acometimento de estruturas no tórax, abaixo do tórax e, às vezes, a medula óssea.


Ilustração 2. Níveis de progressão do Linfoma de Hodgkin.


Devido às características da doença, o tratamento não envolve procedimentos cirúrgicos para a retirada do nódulo, que é parte superficial e visível do mal. No organismo, outras muitas células podem sofrer com a doença que se espalha em meio ao funcionamento normal do sistema linfático. Por isso, a quimioterapia é o tratamento aconselhável para qualquer estágio do Linfoma de Hodgkin. A diferença está no número de sessões quimioterápicas indicadas.


O Linfoma de Hodgkin pode ocorrer em qualquer faixa etária; no entanto, é mais comum no adulto jovem, dos 15 aos 40 anos, atingindo maior frequência entre 25 a 30 anos. A incidência de novos casos permaneceu estável nas últimas cinco décadas, enquanto a mortalidade foi reduzida em mais de 80% desde o início dos anos 70 devido aos avanços no tratamento. Assim, ser diagnosticado com Linfoma de Hodgkin definitivamente não é uma sentença de morte. Com todos os avanços na ciência, hoje, os tratamentos possibilitam a remissão completa da doença, e também uma vida normal depois dela.


Quer entender um pouco mais sobre os linfomas? A ABRALE disponibiliza um vídeo explicativo para os profissionais da área médica, mas que também é bem simples e de fácil entendimento para o público leigo em geral. Vale conferir! Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=jSf-LF-Qn-s. O programa Ser Saudável da TV Brasil, também publicou uma reportagem muito interessante sobre o assunto, incluindo relato de pessoas que superaram a doença. Não deixem de assistir: https://www.youtube.com/watch?v=cKkMYzR4GTY.


Fontes de consulta

Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE).

Disponível em: http://www.abrale.org.br/linfoma-infantil/lh. Acesso: 01/05/2016.

Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Minha Vida.

A. C. Camargo Cancer Center.


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